Acusados de matar cozinheira vão a júri popular

O juiz Lourival Machado da Costa, da 2ª Vara Criminal de Goiânia, pronunciou Sueide Gonçalves da Silva e seu filho Willian Divino da Silva Moraes pelo crime de homicídio qualificado contra a cozinheira Marizete de Fátima Machado. O crime teve grande repercussão na mídia e ficou conhecido como o Caso da Pamonharia porque, segundo a polícia, a motivação do crime seria concorrência com uma pamonharia vizinha.

Para o magistrado, apesar de os acusados negarem a autoria do crime, o conjunto probatório demonstra o contrário. Ele está convencido da materialidade delitiva e de que há indícios suficientes da autoria e participação dos acusados. Com relação as qualificadoras, o juiz entendeu que há a presença de três delas. “O motivo fútil existe, haja vista os índicios de que a motivação do delito se deu em razão da vítima trabalhar em estabelecimento concorrente ao da acusada, e segundo relatos de testemunhas, a acusada convidou a vítima por diversas vezes para trabalhar em seu restaurante, tendo a mesma sempre recusado, e esta seria a causa provável do sentimento negativo da acusada para com a vítima. O motivo e o resultado demonstram a reprovabilidade da conduta, razão pela qual a referida qualificadora deve ser mantida”, destacou.

A qualificadora do emprego de meio cruel também deve ser mantida, segundo Lourival Machado. Ele afirmou que o meio empregado pelos acusados quando, sem nenhum temor, ao contrário, agrediram a vítima com diversos socos e pontapés e após desferirem os tiros, atearam fogo no corpo da vítima ainda com vida. A qualificadora recurso que impossibilitou a defesa da vítima também deve ser mantida, já que a cozinheira foi surpreendida e obrigada a entrar no veículo em que estavam os acusados e levada até um local ermo, sendo atingida inicialmente pelos disparos de arma de fogo e posteriormente pelo fogo ateado em seu corpo.

O crime aconteceu no dia 29 de março deste ano e, segundo a denúncia, a vítima foi abordada pelo casal, que a colocou em uma caminhonete e a levou até um matagal no município de Abadia de Goiás, região metropolitana da capital. Marizete conseguiu pedir socorro e foi encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois. Fonte: TJGO