Adriana Costa Pereira e Orimar de Bastos Filho*
O diamante (a palavra vem do grego Adamas, que significa indestrutível, inalterável e invencível) é uma pedra de carbono puro. É a mais preciosa e mais resistente do mundo e se encontra nas profundezas da terra. E na Bíblia consta o trecho “Tornei a sua testa dura como o diamante, mais dura que a pedra. Por isso, não tenha medo deles, das ameaças e olhares cheios de ódio (…)”. Testa também significa ‘a frente, no comando, na direção’.
Pois bem, o introito acima reflete bem a mulher, mas não queremos retratar aqui somente as suas batalhas árduas, as suas labutas e as suas conquistas, queremos ir muito além, queremos dizer do valor da mulher, esse diamante inestimável. Essa, sim, é para quem queremos falar, queremos retratar apenas o seu inestimável valor, no seu Dia Internacional da Mulher, celebrado neste 8 de março.
Por que fazer a analogia do diamante com a mulher?
O diamante bruto é extraído das profundezas da terra, apesar de ter um valor inestimável, se encontra sujo, enlameado, obscuro e, somente após inúmeros processos, tais como a lapidação e polimento, estará apto a revelar o seu brilho impar, a sua beleza exótica e eterna, a sua resistência e valor. Assim é a mulher: como um diamante em pedra bruta, a qual foi lapidada em batalhas árduas, lágrimas, resiliências e polida nos embates e batalhas cotidianas, buscando prevalecer a sua isonomia (CF, art. 5) e os seus direitos, conseguiu resplandecer para todos o seu brilho, a sua luz e o seu inestimável valor.
A mulher vem conquistando diuturnamente os seus espaços e revelando o seu verdadeiro valor, tanto isso é verdade, que as frases que seriam eternizadas, passaram a ser transitórias, como “atrás de uma grande homem, existe uma grande mulher”, evoluindo para, “ao lado de um grande homem, existe uma grande mulher” e chegarão a dizer que “na frente de um grande homem existe uma grande mulher” e finalmente reconhecer “na frente, sempre existirá uma grande mulher”.
A mulher, a cada embate, fica mais polida vistosa e respeitável. Ela é como um diamante, as suas conquistas refletem, rescendem em toda sociedade e exaltam o seu inestimável valor.
A mulher começou no ostracismo, a ela era até mesmo negado o direito de opinar em público, apresentar as suas ideias e opiniões. Mas a realidade agora é diferente, a mulher tem lugar de destaque, protagonista do seu próprio destino.
No Dia Internacional da Mulher, que seja celebrada a beleza única que cada mulher carrega em sua essência, a sua doçura, que acalma e fortalece. Mulher elegante, sábia, guerreira, que desliza pela vida deixando sua marca, com sensualidade, expressa sua força e confiança, sem perder a leveza.
Mulher que é inspiração, mistério e poder. É poesia em movimento, capaz de transformar o mundo com um simples olhar, um gesto de carinho ou uma atitude determinada. Guerreira determinada, imbatível em seus propósitos, ciente de si, empoderada, destemida, está preparada para a luta, pois hoje tem consciência da sua estirpe, forjada para as batalhas da vida. E, sobretudo, consciente do seu inestimável valor, pois é como diamante.
*Adriana Costa Pereira é advogada especialista em agronegócios com escritórios em Goiânia-GO e Boa Vista-RR, criminalista ambiental, presidente da Comissão de Agronegócios da OAB-GO e instrutora militar.
*Orimar de Bastos Filho é advogado especialista em Direito Processual Civil, Direito Penal e Processo Penal e Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e especialista em recursos perante os tribunais estaduais e superiores.
