Três presos acusados de desvio de dinheiro da Saneago são soltos

Foram soltos na noite deste domingo (28) três dos investigados na Operação Decantação, que apura desvios de dinheiro para pagamento de campanha eleitoral e corrupção na Saneago. A ordem de soltura foi dada pela juíza federal Rachel Soares Chiarelli, que negou pedido do Ministério Público Federal para transformar a prisão temporária em preventiva do presidente da companhia, José Taveira Rocha; do presidente do PSDB Goiás, Afrêni Gonçalves; e do diretor da companhia, Robson Salazar.

A juíza justificou sua decisão alegando que novos fatos apresentados pelo MPF não são “suficientes” para a transformação das prisões em preventiva. “O magistrado que preside o feito, muito embora reconheça a existência de indícios da prática de crime pelos requeridos, já havia considerado desnecessária a sua prisão preventiva. E os novos elementos trazidos pelo Ministério Público Federal nesta oportunidade ainda que corroborem essa conclusão, não são capazes de colocar em dúvida a eficácia das medidas e a determinadas”, afirmou.

Embora os investigados sejam liberados, estes permanecem afastado de suas funções públicas, pelo prazo de 120 dias. Eles estavam detidos desde o último dia 24, na Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.

A Operação Decantação foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã da última quarta-feira (24) para desarticular uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 4,5 milhões em recursos federais por meio da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Segundo as investigações, as verbas eram destinadas ao pagamento de dívidas políticas.

A Operação Decantação cumpriu 120 mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e Itumbiara, em Goiás, além de São Paulo e Florianópolis (SC). Além de Afrani, Taveira e Salazar, foram presos Nilvane Costa, Ridavia Azevedo, Emanuel Peixoto, José Raimundo Gontijo, José Vicente da Silva Junior, Luiz Humberto Gonçalves, Frederico José Lavres, Gilberto de Oliveira, Rafael Ferreira Sá, Charles de Oliveira e Carlos Eduardo da Costa. Também é procurado Eduardo Henrique de Deus.