Três nomes do TRT de Goiás integram Comitê Gestor Nacional do PJe

O servidor Humberto Ayres, que comandou por vários anos a Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicações do TRT18 e hoje ocupa o cargo de secretário de tecnologia da informação do TST, cargo que assumiu na última quinta-feira, 02/03, passará a integrar o Comitê Gestor Nacional do PJe, que já é composto pelo presidente do TRT18, desembargador Breno Medeiros, e pelo juiz Fabiano Coelho, também da 18ª Região.

Ao receber a notícia, o desembargador Breno Medeiros comentou que a indicação de três nomes da Justiça do Trabalho de Goiás para integrar o Comitê do PJe é uma demonstração do protagonismo nacional do Regional goiano no desenvolvimento de inovações e soluções na área. “Isso renova a nossa responsabilidade como instituição TRT18”, ressaltou.

Recentemente, foi lançada a versão 1.14 do PJe, com melhorias consideráveis como a disponibilidade do assinador digital Shodô, um aplicativo de assinatura digital desenvolvido exclusivamente pela Justiça do Trabalho e que é integrado ao Processo Judicial eletrônico (PJe). Até o fim do ano, a expectativa é que serão implementados grandes avanços no sistema com o lançamento da versão 2.0, é o que explica o juiz Fabiano Coelho em entrevista exclusiva para a Seção de Imprensa do TRT.

Confira entrevista realizada pela Seção de Imprensa do TRT18 com juiz Fabiano Coelho, coordenador nacional do PJe da Justiça do Trabalho:

Que melhorias o usuário pode esperar do PJE agora para o início de 2017?
Colocamos uma versão nova no final de dezembro, que está disponível. É uma versão que traz como uma das novidades o nosso assinador, que é o shodô, que permite assinar todos os documentos do PJe. Então, é uma excelente alternativa ao próprio assinador do CNJ, porque o nosso já vem acoplado dentro do sistema. Nesse caso, o usuário não precisa baixar o programa no seu computador. E, além disso, com a Versão 14 nós damos início ao novo PAC, que é o Preparador de Atos e Comunicações. Para isso, foi refeita toda a parte de confecção de documentos. Era uma reclamação dos servidores no sentido de que tinha muito clique para cada documento que ia fazer e nós dinamizamos as tarefas a partir dessa nova versão, que já está disponível.

O que está em uso hoje é a versão 14?
A maioria dos Tribunais hoje está usando a versão 13, mas eles deverão migrar nos próximos dias para essa versão 14, que pelas regras do CSJT o Tribunal até perde o suporte para eventuais problemas que ocorram se ele não migrar para a versão nova. Então, a versão oficial hoje é a 14 e, no final de abril, a gente lança a versão 15.

Quais as novidades da versão 15?
A versão 15 é uma versão direcionada para o segundo grau. Então, ela resolve vários problemas que os desembargadores historicamente reclamavam. Nesse sentido, há melhorias significativas para o segundo grau e com essa nova versão a gente abandona definitivamente o “applet”, assinador antigo do java. O que ocorria era que se o juiz ou advogado atualizasse o computador dele, ele não conseguia assinar os documentos no PJe. Isso foi o que motivou o CSJT a desenvolver o novo assinador, o shodô, e a partir da versão 15 nem existirá mais essa opção desse assinador antigo.

Há uma expectativa de se ter a versão 2.0. Que versão é essa, que novidades e que melhorias ela trará?
A 2.0 é uma nova arquitetura que trará uma grande performance ao PJe. Nossa perspectiva é que no final de 2017 a gente lance a versão 2.0. E quando falamos em lançar quer dizer começar a usar a nova arquitetura. Porque o sistema PJe é muito grande e por isso algumas funcionalidades do PJe virão nessa nova arquitetura. As diferenças mais significativas é que a gente estará usando as tecnologias mais de ponta que o mercado tem hoje. Então o PJe ficará muito mais rápido, porque todas as consultas que são feitas ficarão na superfície. Além disso, nós vamos ter uma agilidade na correção de defeitos e no desenvolvimento de melhorias no PJe.

Porque essa nova arquitetura é como um brinquedo de montar, ele é feito em caixinhas que são acopladas e qualquer problema que dê numa das caixinhas a gente pode corrigir apenas onde está o problema. Hoje isso não acontece, hoje o sistema é um bloco só e qualquer defeito que a gente precise corrigir é preciso lançar uma nova versão do PJe e a partir da correção do defeito o sistema tem um comportamento que a gente não consegue prever. Às vezes conserta uma coisa e esse conserto gera um impacto, provoca um novo defeito. Então vai agilizar a correção de defeitos e melhorias no PJE.

Hoje o usuário reclama ainda muito de bugs, de problemas no sistema. Como estão sendo corrigidos esses problemas?
O que a gente tem feito e tem funcionado bem é que dos 24 tribunais regionais, 21, inclusive o TRT da 18ª Região foi um dos pioneiros, assinaram convênio de cooperação com o CSJT, e os tribunais, quando descobrem um bug eles estão autorizados a corrigirem com suas próprias equipes. Isso tem gerado um incremento de produtividade, de melhorias, de correção de defeitos muito grande dentro do PJe.

(TRT-18)