TJGO concede liminar para soltar advogada presa na Operação Arapuca

O Tribunal de Justiça de Goiás determino, na noite desta sexta-feira (11), a soltura da advogada presa na Operação Arapuca. A liminar foi pedida pelos advogado Romero Ferraz e Luís Alexandre Rassi. A expectativa é que a decisão seja estendida a todos os demais investigados presos durante operação desenvolvida ontem pelo Ministério Público de Goiás para apurar a atuação de uma organização criminosa formada por policiais civis e advogados. 11 pessoas presas e 15 mandados de busca e apreensão cumpridos.

Entre os presos temporariamente, 7 são policiais civis e 2 são advogados, entre elas a advogada que foi solta na noite de ontem. Além deles, foram detidos um informante que se passava por policial e um vendedor de medicamentos proibidos que teria se juntado à organização diante da possibilidade de comercializar remédios apreendidos pela polícia.

A operação, coordenada pelo Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GCEAP) e o Centro de Inteligência do MP-GO, em parceria com a Polícia Civil, apura a atuação de uma organização criminosa, formada por policiais civis e advogados, que cobrava vantagens indevidas para não prenderem em flagrante suspeitos de crimes ou não continuarem com as investigações contra eles. Os valores exigidos pelos membros do grupo variaram de R$ 1 mil a R$ 30 mil.

A Operação Arapuca contou com participação de 18 promotores de Justiça, 45 agentes e 9 delegados da Polícia Civil. Os mandados foram cumpridos em Goiânia e Aparecida de Goiânia.