Tiago Henrique nega autoria e diz ter sido pressionado para confessar o crime

O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha negou, na tarde desta segunda-feira (10), durante audiência na 1ª Vara Criminal de Goiânia, ser o autor do homicídio de Edmilia Ferreira Borges. Ele prestou depoimento ao juiz Jesseir Coelho de Alcântara e disse que não tinha participação no crime, mas que confessou por ter sido pressionado pela Polícia Civil, assim que foi preso, em outubro do ano passado.

Em seguida, Tiago Henrique baixou a cabeça e não pronunciou mais nenhuma palavra. Também participaram da audiência o promotor de Justiça Rodrigo Félix Bueno e a advogada Brunna Moreno de Miranda Bernardes.

Antes de Tiago Henrique, o delegado Eduardo José do Prado, durante depoimento, afirmou não ter dúvida de que o vigilante é o autor do assassinato de Edmilia. Segundo ele, as características do crime, a forma de agir do suspeito e seus aspectos físicos, assim como os da motocicleta utilizada levaram à conclusão sobre a autoria do assassinato.

Questionado sobre o depoimento de uma testemunha ocular, que não identificou o vigilante como autor do crime, o delegado Eduardo do Prado afirmou que ela pode ter se enganado. O questionamento foi feito devido à testemunha Jaqueline Sousa Ferreira de Jesus, prima da vítima, que estava a seu lado na hora do crime ter afirmado que não seria Tiago Henrique o autor do disparo que matou Edmilia. De acordo com o policial, a testemunha pode ter se confundido devido à situação de estresse emocional da hora do crime.

A audiência desta tarde é continuação dos trabalhos iniciados pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas, realizada no dia 17 de julho deste ano, que ouviu as testemunhas Jaqueline Sousa Ferreira de Jesus, prima da vítima; Irene de Sousa Ferreira, tia da jovem assassinada, e o delegado Matheus Costa Melo. Durante a primeira audiência, em função da não intimação da testemunha Cristiano Tainan Alves da Silva, o representante do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) requereu a substituição da testemunha faltosa pelo delegado Eduardo do Prado, que foi concedido pelo magistrado.

De acordo com o inquérito policial, Edemilia e Jaqueline estavam sentadas no banco de uma praça entre as ruas Tóquio e Dona Carolina, no Parque Industrial João Braz, no início da tarde de 19 de agosto de 2013, quando um homem que estava em uma moto se aproximou das duas e atirou em sua cabeça. Fonte: TJGO