Tiago Gomes deve ter dois júris populares nos próximos meses

Pelo menos dois júris serão realizados nos próximos meses com o vigilante Tiago Gomes da Rocha no banco dos réus, caso não haja interposição de recursos. A informação é do titular da 1ª Vara Criminal de Goiânia, juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que apresentou  um balanço dos casos envolvendo o suposto serial killer. Ele é acusado de homicídio em 26 processos, dos quais 20 tramitam na 1ª Vara Criminal de Goiânia e o restante na 2ª Criminal.

Jesseir Coelho de Alcântara apresentou balanço dos casos envolvendo o vigilante
Jesseir Coelho de Alcântara apresentou balanço dos casos envolvendo o vigilante

“Audiências já foram realizadas e duas decisões o mandaram a júri. Porém, Tiago entrou com recurso e estamos esperando decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) para vermos se as pronúncias se confirmam ou não”, frisou.

O juiz explicou ainda que, em todos os processes em tramitação na 1ª Vara, o vigilante responde por homicídio qualificado, podendo pegar pena de 12 a 30 anos para cada crime. “Entretanto, no final de cada caso, as penas serão somadas. Vamos supor que ele seja condenado a 300 anos. No Brasil, o cumprimento máximo não pode ser superior a 30 anos”, exemplificou Jesseir.

Quanto ao laudo divulgado pela Junta Médica do TJGO, Jesseir Coelho informou que o documento não é vinculado ao juiz, se referindo ao fato de o laudo ter sido entregue ao juiz Eduardo Pio Mascarenhas, antes do rodízio obrigatório entre os juízes das varas de crimes dolosos contra a vida. “Ele é psicopata e tem Transtorno de Personalidade Antissocial, ou seja, ela é plenamente capaz de responder pelos seus atos, ou seja, é imputável. O juiz não é vinculado ao laudo, portanto, inicialmente, usaremos o mesmo documento para os processos”, esclareceu.

Próxima audiência
No próximo dia 28, às 13 horas, na 1ª Vara Criminal, Jesseir Alcântara promoverá audiência preliminar de instrução e julgamento sobre a morte Adailton dos Santos Farias, supostamente vítima de Tiago. Ele foi morto no dia 31 de julho de 2014, no setor Rodoviário, na capital. “Neste ato, ouvirei as testemunhas e interrogarei o acusado, mas ele tem o direito de permanecer calado”, pontuou. Fonte: TJGO