Superintendência Regional do Trabalho vai investigar causas de acidente no frigorífico JBS

Vazamento de amônia foi registrado na manhã desta terça-feira
Cano foi rompido e vazou amônia na unidade do frigorífico de Senador Canedo hoje de manhã

A Auditoria-Fiscal da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho em Goiás vai investigar as causas do acidente com vazamento de amônia no Frigorífico JBS de Senador Canedo ocorrido na manhã desta terça-feira (20). Conforme autoridades, um cano externo da empresa teria se rompido e a substância entrado pelas janelas da unidade, afetando os trabalhadores.

Em nota, o JBS afirma que o vazamento foi rapidamente controlado e que já apura as causas do ocorrido. “As operações estão temporariamente suspensas até que o local seja liberado pelo órgão competente”, informa a empresa.

Fiscalização

Além do acidente ocorrido hoje, a superintendência informa que entre os meses de junho a agosto foi realizada ampla fiscalização no Frigorífico JBS, ocasião em que foram lavrados 78 autos de infração por violação às normas de proteção ao trabalho, sendo que 67 por descumprimento das normas de segurança e saúde no trabalho.

Dentre as autuações aplicadas, conforme a superintendência regional, três decorreram de irregularidades no sistema de amônia que, apesar de graves, não constituíam situação de risco grave e iminente a ponto de levar à interdição das atividades do referido estabelecimento.

Além das atuações, relatório completo da referida auditoria foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho para que o órgão tome as medidas judiciais que julgar cabíveis no caso.

Outros casos
Este é o terceiro vazamento registrado em frigoríficos da JBS nos últimos 30 dias. No dia 31 de agosto, um episódio semelhante foi relatado em uma unidade da multinacional em Campo Grande (MS). Na mesma semana, a unidade do Minerva, em Barretos (SP), registrou um vazamento de amônia que deixou um morto e 30 feridos.

A amônia é utilizada em sistemas de refrigeração pelos frigoríficos. É um gás tóxico e pode levar à morte quem o inala.