Relator vota por levar à Corte Especial pedido de eleições diretas no TJGO

A Comissão de Regimento e Organização Judiciária do Tribunal de Justiça de Goiás suspendeu, na tarde desta segunda-feira (13), a análise do pedido feito em março pela Associação dos Magistrados de Goiás (Asmego) para que sejam realizadas eleições diretas para escolha dos novos dirigentes do tribunal. O relador da matéria, desembargador Carlos Alberto França (foto), foi favorável ao envio da solitação para análise da Corte Especial do TJGO. No entanto, todos os seis demais integrantes da comissão pediram vistas para análise mais detalhada do caso. Se for negado preliminarmente, o pedido não será levado à Corte Especial, apesar da pressão de juízes de todo o Estado.

A iniciativa de análise do caso pelos demais integrantes da Comissão de Regimento e Organização Judiciária pode servir para dificultar a apreciação do pedido de participação dos juízes de primeiro grau também na escolha dos novos dirigentes do TJGO. Isso porque, a escolha do sucessor de Ney Teles de Paula deve ser escolhido no final de novembro, conforme previsão do próprio presidente do tribunal.

A Asmego, autora do pedido, no entanto, promete continuar se mobilizando pelas eleições diretas. Prova disso, é que a entidade convocou magistrados de todo o Estado para se reunirem em sessão da Corte Especial no dMagistrados de todo o Estado se reunirão em sessão da Corte Especial no próximo dia 22 de outubro.

No dia 31 de março deste ano, na primeira grande mobilização da magistratura em 2014 pela democratização do Poder Judiciário, dezenas de magistrados – incluindo juízes de 1º grau e desembargadores – protocolizaram um requerimento junto à Presidência do TJGO pedindo eleições diretas para presidente e vice-presidente do órgão, bem como para corregedor-geral da Justiça. O ato foi realizado simultaneamente pelas demais associações brasileiras coordenadas pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).