No período de dezembro de 2012 a dezembro de 2013, o Procon Goiânia registrou 106 reclamações referentes a construtoras e incorporadoras com atuação na capital. Ao longo desse período, os consumidores relataram ao órgão situações que explicitam a exploração por parte das construtoras, incorporadoras e imobiliárias que vendem imóveis na cidade. Várias ocorrências foram registradas contra as construtoras antes e depois da assinatura do contrato de compra do imóvel.
Período e reclamações
– Antes da assinatura do contrato: cobrança de corretagem (mesmo o consumidor procurando a construtora, o valor da corretagem é cobrado sem abater do saldo devedor do imóvel) e itens existentes no imóvel – como garagem, quartos e modificação da disposição dos cômodos – oferecidos de forma inadequada.
– Após assinatura do contrato: demora na autorização do financiamento; baixa de hipoteca anterior do imóvel; cobranças de reajuste do valor do imóvel motivado pelo atraso no financiamento bancária. Esse atraso pode gerar duas cobranças: INCC (Índice Nacional da Construção Civil) e IGPM (Índice Geral de Preço Médio); cobrança de taxas como condomínio e IPTU, mesmo o consumidor não estando em posse do imóvel; atraso na entrega do imóvel, estipulando um prazo contratual de até 180 dias, o que é considerada prática abusiva por permitir a variação unilateral das condições contratuais; vícios na qualidade da construção como cerâmicas, rachaduras, infiltrações, qualidade dos materiais abaixo do que é inicialmente proposto em contrato; disposição dos cômodos diferentes daquela que foi contratada ou informada na publicidade; quando do cancelamento do contrato, mesmo quando a falha se dá por conta das construtoras, o consumidor não recebe nenhum valor de volta, principalmente a comissão do corretor, que sempre está lançada por fora do contrato.
Construtoras com mais índices de reclamações no Procon:
1- Brookfield: 33,96%
2- PDG: 26,41%
3- MRV: 19,81%
4- Borges Landeiro: 12.5%
5- Opus: 0,94%
