O Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra o policial militar Hélio Vieira Costa pela morte dos pais e o irmão de sua companheira, Sarah Silva. A acusação, por três vezes, é por homicídio qualificado, pelo fato de ter agido por motivo fútil e utilizando-se de meio que dificultou a defesa das vítimas. O crime ocorreu no dia 2 deste mês, no Setor Rio Formoso, em Goiânia.
Conforme apontado na denúncia pelo promotor de Justiça Carlos Alberto Fonseca, o policial estava morando temporariamente com as vítimas, Raimundo Nonato da Silva, Maria Margarete Barbosa Silva e Máximo Silva, pais e irmão de Sarah Silva. O casal estava em fase de mudança residencial da cidade de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, para Goiânia.
Consta da apuração que, na noite do crime, Hélio iniciou uma discussão com sua companheira em razão de ciúmes, momento em que xingou Sarah várias vezes, o que desagradou os pais dela, tendo a discussão se generalizado entre eles. No entanto, em vez de finalizar a confusão por ele mesmo iniciada, Hélio sacou sua arma de fogo e desferiu disparos contra Sarah, atingindo sua companheira no braço, apesar de ela e seus pais terem corrido em direção os quartos para tentarem se proteger.
Após atingir Sarah, os disparos foram direcionados a Maria Margarete, que foi atingida duas vezes nas costas. Em seguida, o denunciado passou a perseguir Raimundo Nonato até um dos quartos da casa, onde efetuou um total de 9 disparos contra a vítima. Por fim, Hélio tentou entrar no quarto onde Sarah se escondia com o irmão, de apenas 11 anos e os três filhos do casal. Mas, por não ter conseguido entrar no quarto, saiu do local. Nesse momento, Máximo Silva correu em direção ao corpo do pai e, quando percebeu o retorno de Hélio, tentou se esconder embaixo da cama, mas foi atingido na cabeça por um disparo efetuado a curta distância e com clara intenção de matar.
O denunciado, então, fugiu do local com sua companheira sob sua mira, assim como os filhos, de 1, 4 e 7 anos. No entanto, antes de fugir com os filhos, deixou a companheira na porta do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Atualmente o denunciado está recolhido no Presídio Militar, em Goiânia.
Requisições
Visando instruir o processo, o promotor requereu, entre outros pedidos, que o Instituto de Criminalística apresente o laudo de confronto balístico entre as armas apreendidas e os projéteis extraídos das vítimas e que o Hugo forneça o relatório médico de atendimento da vítima, para determinar a gravidade da lesão. Ao final, o promotor, pediu para que seja mantida a prisão preventiva de Hélio Costa. Fonte: MP-GO
