Menor que atirou contra colegas é transferido para centro de internação

O estudante de 14 anos que atirou contra seis colegas no Colégio Goyases foi transferido, na tarde desta segunda-feira (23/10) para um centro de internação na capital. O local onde o adolescente deverá permanecer provisoriamente internado não foi informado por questões de segurança, segundo a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil.

A juíza Mônica Cézar Moreno Senhorello, atuando no plantão judiciário do fim de semana, determinou no sábado (21) a internação do aluno. Atendendo recomendação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), ela estipulou a internação pelo prazo de 45 dias, prazo estimado para a conclusão do processo e a sentença da Justiça, conforme prevê Estatuto da Criança e do Adolescente.

A tragédia que chocou Goiânia e todo o País ocorreu na última sexta-feira (20) no colégio localizado no Conjunto Riviera. A Polícia Militar abriu nesta segunda-feira procedimento administrativo para apurar como o menor teve acesso a arma de fogo. A pistola usada no atentado é da mãe do adolescente — que possui carreira militar — e estava guardada em um guarda roupas.

Também estão pendentes laudos periciais. Entre eles está o que aponta a quantia de tiros disparados. Segundo o titular da Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais (Depai), delegado Luiz Gonzaga Júnior , é possível adiantar que o menino disparou cerca de 10 tiros.

Conforme apurado pelo delegado, o menor sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento, que não usa desodorante. Luiz Gonzaga contou que o estudante disse que planejou o crime por dois meses. Além disso, revelou que se inspirou nos massacres de Realengo, no Rio de Janeiro, e de Columbine, nos Estados Unidos.

Apesar disso, o pai do menino, um major da Polícia Militar, prestou depoimento na Depai na manhã desta segunda e disse que não sabia que o filho sofria bullying. A mãe do menor ainda não foi ouvida. Sargento da PM, ela está internada desde o dia do atentado.