O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, determinou, nesta quinta-feira (9), o arquivamento do inquérito policial que apura a morte do padre Moacir Bernardino da Silva, por falta de autoria do fato ou de mandante. De acordo com o magistrado, que acatou parecer do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), a Polícia Civil tentou de todas as formas encontrar o responsável pelo assassinato do pároco, ouvindo centenas de pessoas, mas não chegou a nenhuma conclusão, “mesmo com o inquérito acumulando 12 volumes”.
Acusado de envolvimento no assassinato do padre Adriano Moreira Curado, envenenado aos 27 anos em abril de 2002, padre Moacir foi executado com dois tiros na cabeça, dois anos depois. O corpo foi jogado numa rua movimentada da Vila Mauá, na Região Sudoeste de Goiânia.
“Dois tiros à queima-roupa sepultaram para sempre as informações que padre Moacir Bernardino da Silva, pároco de São Sebastião, em Guapó, poderia ter sobre a trama que resultou na morte de padre Adriano”, lamentou Jesseir, segundo quem há uma ressalva no arquivamento de que, se novas provas forem produzidas oportunamente pela polícia, a investigação poderá ser reaberta, “muito embora o tempo pode ser um fator prejudicial a isso”.
O caso
De acordo com os autos de investigação, no dia 9 de junho de 2004, por volta das 22 horas, padre Moacir foi rendido no momento em se preparava para entrar na garagem de sua casa com seu veículo Gol Santana, de cor prata, fato que foi presenciado por sua vizinha, Maria Aparecida Teles do Nascimento, e Tereza de Fátima de Freitas.
Segundo uma testemunha, padre Moacir foi morto pouco antes das 23 horas. De acordo com ela, o padre dirigia seu veículo em baixa velocidade, levando dois passageiros. Um deles, que viajava no banco da frente, foi quem disparou os dois tiros no sacerdote. O autor dos disparos jogou padre Moacir para fora do veículo, assumiu a direção e fugiu do local, em alta velocidade.
