O advogado Henrique Tibúrcio Peña, 46 anos, assumiu no dia 13 de janeiro a Secretaria de Governo (Segov). Ex-presidente da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), ele tem como desafio desempenhar o papel de conciliador no Governo tanto internamente como externamente. Nesta entrevista, ele detalha o planejamento para os principais projetos da Segov, o Passe Livre Estudantil e o Governo Junto de Você. E adianta ainda uma das novidades dessa gestão: o Goiás Sem Fronteiras.
O senhor afirmou durante a cerimônia de posse que o Governo Junto de Você deve ser ampliado nesse governo. Já há um detalhamento disso?
A gestão passada englobou as maiores cidades: foram 37 cidades atendidas e mais de 2,4 milhões atendimentos à população. Nós queremos – e vamos levar esse projeto ao governador .Já estive com ele e disse que lhe apresentaria esse projeto. Nós vamos manter o Governo Junto de Você na forma tradicional, mas queremos estender para outras cidades menores. Claro que com uma estrutura menor, porque a demanda não é tão grande, mas principalmente para poder levar a todo o Estado mesmo. Nós queremos alcançar, se possível, todo o território goiano. O projeto é atender praticamente todos os municípios. Municípios com mais de 10 mil habitantes a gente deve conseguir fazer esse atendimento com uma estrutura menor, que dê agilidade e porque aí poderemos fazer às vezes duas edições por semana. Então esse é o formato que a gente pretende levar. E dentro dos serviços também, a gente buscar outros serviços que possam ser ampliados para a população. Sobretudo – e nós vamos conversar com a Secretaria de Saúde – o tipo de atendimento que se pode ampliar, porque a gente sabe que uma das maiores demandas do Governo Junto de Você é por esse atendimento médico. Então isso está nos projetos que nós estamos formatando.
Outro projeto de grande importância é o Passe Livre Estudantil. O senhor também afirmou que há previsão da ampliação. Já tem um planejamento de como será?
Já temos a diretriz do governador para que comecem as tratativas para estender o Passe Livre para outras cidades – onde a demanda exista e seja significativa, mas a ideia é que inicialmente Anápolis e Catalão já possam receber o programa do Passe Livre.
Há uma previsão de quando isso vai acontecer?
O mais rápido possível. Acredito que no primeiro semestre isso já vai estar implantado. A ideia é essa. Já vamos começar as tratativas agora com os municípios e definir como é que vai ser a parte do governo estadual, sobre o custo e o que ele vai arcar, mas que esteja antes do meio do ano implantado nessas duas cidades.
Entre as atribuições da Secretaria de Governo estão as políticas públicas para a juventude. Há um planejamento nesta área?
Há. Nós temos a ideia de um projeto, já definimos um grupo de trabalho para a elaboração desse projeto, que é o Goiás Sem Fronteiras. É um programa muito interessante de extensão, ou seja, de educação para todos os tipos de pessoas. Desde o servidor público que quer o seu aprimoramento do ponto de vista cultural e profissional, até estudantes da rede pública que possam fazer a inscrição e serem selecionados para participar disso.
A Secretaria de Governo é um pouco diferente das demais, porque ela tem um papel mais articulador tanto dentro do governo quanto fora. É um papel mais de conciliadora. Como o senhor pretende atuar nessa área?
Você falou a palavra-chave, que é conciliação. Nós temos que estar abertos para receber demandas e fazer exatamente essa conciliação das demandas, por exemplo, dos municípios, de entidades, dos outros poderes e a realidade do governo. O que pode ser atendido, o que o governo tem condições de trabalhar junto com essas entidades. Eu vou visitar todas as entidades a partir deste mês de fevereiro, quando todas retornam às suas atividades normais pra colocar o Governo de Goiás, através da Secretaria, à disposição, pra gente já começar a receber essas demandas e também levar outras demandas do próprio governo para essas entidades. Porque o objetivo final de todas elas, tanto do governo quanto dos outros poderes, dos municípios, do Legislativo, da sociedade civil organizada é uma só: atender bem a população. É transformar isso tudo em qualidade de vida, em bem-estar para essa população. Então nós vamos procurar alinhar as políticas para que nós cheguemos nesses objetivos. Fonte: Goiás Agora
