Carmém Lúcia vem a Goiás para conferir resultados das ações para minimizar os problemas carcerários

Em um mês de trabalho, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), em parceria com a Corregedoria- Geral da Justiça de Goiás, já realizou o cadastro de mais de 70% dos presos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP). Dos 16.511 reeducandos do Estado de Goiás, 11.553 já haviam sido cadastrados até as 15 horas desta quinta-feira (8). Os dados serão repassados à ministra Cármen Lúcia, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), em reunião que será realizada nesta sexta-feira (9), às 11 horas, no Fórum Cível, em Goiânia, com o presidente do TJGO, desembargador Gilberto Marques Filho; o corregedor-geral da Justiça, desembargador Walter Carlos Lemes; governador Marconi Perillo; e representantes de instituições ligadas à Segurança Pública no Estado.

Durante a visita, que ocorrerá pouco mais de um mês após a ocorrência de rebelião no semiaberto do complexo prisional de Aparecida de Goiânia, a ministra conhecerá ainda uma série de medidas que foram tomadas pelo tribunal goiano para tornar mais célere o trâmite de processos de presos dos regimes aberto, semiaberto e em condicionais para progressão.

A meta da força-tarefa era de que 50% dos presos fossem cadastrados até esta sexta-feira (9). O BNMP reúne informações processuais e pessoais de todos os detentos sob custódia nos Estados e permite o acompanhamento das prisões em tempo real em todo o País. O TJGO é o terceiro do País no ranking de alimentação do sistema.

Armas
Antes da reunião no Fórum Cível, a ministra Cármen Lúcia vai participar, às 10 horas, no Comando de Operações Especiais do Exército (Avenida Contorno, Jardim Guanabara), da maior entrega de armas já registrada no Brasil para o Exército. Foram enviadas 25.039 armas para destruição.

De acordo com o coronel Wellington de Urzeda Mota, assessor militar do TJGO, esse número equivale a cerca de 96% do acervo de armas do TJGO. As que não foram enviadas para destruição, são armas que ainda estão ligadas a processos ativos. Além delas, durante a catalogação do armamento, a Assessoria Militar selecionou parte dos revólveres, pistolas e semelhantes, levando em consideração sua funcionalidade e estado de conservação, para doação à Polícia Civil, Militar e Guarda Municipal.

Até julho de 2017, o TJGO enviava 500 armas mensalmente para destruição no Exército. Nesta última operação, Wellington de Urzeda ressaltou o esforço e comprometimento da Polícia Militar para catalogar e entregar o armamento. No Exército, as armas serão inutilizadas por um rolo compressor e, em seguida, os rejeitos gerados serão separados para derretimento em uma siderúrgica. Fonte: TJGO