Blitz da polícia: PM quer conscientizar sobre uso de aplicativos como o Waze

A Polícia Militar lançou uma campanha para conscientizar os usuários de aplicativos para smartphones. Informar os locais que a polícia está realizando bloqueios – blitz – tornou-se uma prática comum pelas redes sociais principalmente à noite. Nas grandes cidades brasileiras virou febre usuários do Waze, Watshapp, Twitter, Facebook  enviarem mensagens que divulgam os pontos onde a PM está. A intenção dos internautas é alertar os motoristas que estejam irregulares ou tenham consumido bebida alcoólica para burlar a fiscalização da Lei Seca, conhecida como Balada  Responsável em Goiás.

Cidades grandes como Goiânia e tantas outras podem e devem contar com perfis que contribuam com a fluidez no trânsito. Afinal, a ferramenta dos aplicativos é mais rápida para chegar a milhares de pessoas do que qualquer outro meio de comunicação e capaz, portanto, de evitar transtornos, quando bem utilizada. A Polícia Militar alerta que tais aplicativos, sendo uma ferramenta gratuita, podem ser seguidos por criminosos como assaltantes, ladrões de carro, traficantes de drogas, sequestradores relâmpago – que fazem motoristas reféns para exigir deles o saque de dinheiro nos caixas eletrônicos.

Em Goiânia, virou moda principalmente entre jovens que saem para as baladas e se servem dos aplicativos para evitar surpresas desagradáveis, após consumo exagerado de bebida alcoólica associada à direção de veículos. Muitos desses internautas se aproveitam da divulgação dos endereços das blitzen para escapar de punições, caso fossem flagrados em situações irregulares no trânsito, como dirigir sem habilitação ou embriagado. Vale ressaltar que dirigir alcoolizado é crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro.

Segurança
Para o assessor de Comunicação Social da corporação, tenente-coronel Ricardo Mendes, os bloqueios realizados em vias públicas têm como objetivo principal reprimir delitos, apreender armas de fogo, prender criminosos, recapturar foragidos da Justiça e combater o tráfico de drogas. “Divulgar onde as operações acontecem prejudica a própria população, que pode virar vítima desses criminosos.

As pessoas que usam esse sistema acabam esquecendo que a sociedade precisa dessas abordagens”, pondera. Graças à rápida comunicação feita entre os usuários dos aplicativos, as pessoas que estão infringindo as leis vão fugir de ruas e avenidas onde seriam surpreendidos pela Polícia e sairão impunes por rotas alternativas, continuando a praticar crimes.