Audiência de instrução termina sem acordo entre Vila Nova e sindicato dos jogadores

O presidente do Vila Nova não compareceu nem enviou preposto a audiência de instrução realizada na manhã desta terça-feira (11/11), em processo movido pelo Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás – Sinapego contra o clube esportivo. Na audiência, que aconteceu na 16ª Vara do Trabalho de Goiânia, o advogado do clube, Paulo Roberto Cardoso, não apresentou nenhuma proposta para pagamento da dívida trabalhista e a audiência terminou novamente sem conciliação.

A advogada do Sinapego, Arlete Mesquita, diante da ausência injustificada dos dirigentes do clube, requereu ao juiz a aplicação da confissão quanto à matéria de fato. Caso o juiz acate o requerimento de aplicação da confissão ficta, os fatos alegados pelos jogadores por meio do Sindicato são presumidos como verdadeiros. Esse requerimento e os demais agora serão analisados na sentença, que conforme o juiz da 16ª VT, Marcos Henrique Cabral, deve sair nos próximos dias. O prazo legal para a prolação da sentença é 10 dias.

No processo, o Sindicato pede o pagamento dos salários atrasados desde o mês de maio de 2014 e o pagamento da parcela de imagem, a partir do mês de fevereiro de 2014. Além disso, o Sinapego também solicitou na última audiência a penhora da renda dos últimos jogos do Vila Nova, da bilheteria do estádio Serra Dourada e da cota parte que é vendida na sede do clube, para que seja feito o pagamento dos salários dos jogadores em atraso.

O presidente do Sinapego, Marçal Filho, após a audiência, pediu para os torcedores irem aos jogos e não deixar de torcer para o time, “pois um dia vai chegar um dirigente bom que tenha responsabilidade”. Ele classificou a atitude dos dirigentes do Vila Nova como irresponsável. “Eles não estão lidando com o patrimônio deles, mas do povo. Estão agindo como maus políticos”, protestou.

Marçal também explicou que os jogadores foram aconselhados a jogar todas as demais partidas que ainda faltam para terminar o campeonato brasileiro, independentemente da prolação da sentença. Ele está confiante de que os jogadores vão conseguir receber os débitos trabalhistas, mesmo que demore. Ele explicou que não é um bom negócio para o jogador abandonar o clube nesse momento, pois não vai conseguir emprego em outro time em seguida, por ser fim de campeonato. Fonte: TRT-GO

Processo: RTOrd-0011547-75.2014.5.18.0016