Asssociação critica projeto de lei sobre tempo de atendimento em hospitais goianos

O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, critica duramente o projeto de lei de autoria do deputado Francisco Júnior (PSD), que estabelece o prazo máximo de 30 minutos para o atendimento em hospitais do Estado. Ele esclarece que o atendimento em casos de urgência e emergência com a maior agilidade e no menor tempo possível já faz parte da prática médica em hospitais seguros, o que torna a proposta desnecessária.

Atualmente, os atendimentos de urgência e emergência nos hospitais associados, de acordo com dados da Ahpaceg, representam cerca de 30% da demanda nos prontos-socorros. O restante fica por conta de pacientes que poderiam ser atendidos em ambulatórios e, portanto, em condições de aguardar o atendimento dos casos prioritários que dão entrada nas unidades.

Segundo Haikal, a proposta do deputado demonstra o desconhecimento da realidade dos hospitais privados goianos e repete o que tem se tornado comum entre alguns parlamentares: a apresentação de projetos sem diálogo com o setor envolvido, sem a avaliação dos benefícios para a população e sem a análise do impacto e da aplicabilidade das futuras leis.

Haikal explica que a Ahpaceg está aberta ao diálogo com os parlamentares e administradores públicos, sempre visando o melhor para a população e para o setor hospitalar goiano. Um destes canais é o Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), órgão do qual a Associação é uma das entidades fundadoras e coordenadora da Câmara da Saúde. “Mas, muitos parlamentares não nos procuram antes de propor leis oportunistas”, diz.