130 unidades do MPU, incluindo as de Goiás, estão paralisadas no País

Os servidores do Ministério Público do Trabalho(MPT) e Ministério Público Federal (MPF) cruzaram os braços em 130 unidades no País. Em Goiás, as manifestações em defesa valorização da categoria continuam ocorrendo. Hoje, às 13 horas, em frente ao Ministério Público Federal (Av. Olinda, Park Lozandes) os servidores se mobilizaram assim como ocorreu ontem, quando a categoria paralisou a Avenida T-63 para conclamar o apoio da sociedade para a luta pelo fortalecimento do Ministério Público da União. Atualmente, o movimento nacional já contabiliza 130 unidades do MPU paralisadas em todo o País. Em Goiás, estão paralisadas as unidades do Ministério Público da União em Goiânia e Rio Verde, no sudoeste goiano.

A defasagem salarial dos servidores do MPU em relação às outras carreiras do serviço público federal chega até a 208% – o que tem provocado a contínua evasão de servidores para outros órgãos, causando instabilidade no quadro efetivo. Os salários servidores do MPU encontram-se sem recomposição inflacionária há nove anos, acumulando perdas remuneratórias históricas. Com atribuições amplas e complexas, a valorização dos servidores é considerada pela categoria como fundamental para que o Ministério Público da União tenha a independência necessária para fiscalizar a aplicação da lei e zelar pela garantia dos direitos dos cidadãos, como defensor do povo e de seu patrimônio nacional, público e social.

União em defesa do Ministério Público
Recentemente, servidores e membros do Ministério Público da União, mobilizados nacionalmente na “Campanha Brasil contra a Impunidade”, conseguiram o apoio da sociedade civil organizada para derrubar, no Congresso Nacional, a PEC 37 (Proposta de Emenda Constitucional n. 37), que limitava os poderes de investigação do órgão. O entendimento da categoria é de que o momento exige o esforço conjunto de mobilização junto com os membros para que o procurador-geral da República, como chefe maior do Ministério Público da União, garanta os recursos orçamentários necessários para que a recomposição salarial da categoria ocorra ainda em 2015.